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6 dicas para fazer sua coleta seletiva de forma correta

Saneamento, sociedade e meio ambiente

6 dicas para fazer sua coleta seletiva de forma correta

A partir do momento em que se adquire consciência ambiental e econômica — uma vez que sabemos que eles são finitos e o uso de recursos naturais tem um custo —, a tendência é, cada vez mais, querer reaproveitar coisas e fazer a reciclagem do lixo. Para isso, uma das ações primordiais para esse processo é a coleta seletiva.

Mas qual o jeito certo de fazer? Separar o lixo pode dar mau cheiro ou atrair bichos em casa? Todos os materiais são reaproveitáveis? Para esclarecer essas e outras dúvidas, elaboramos este texto com 6 dicas para fazer a coleta seletiva de forma correta e obter os resultados esperados dela.

Vamos explicar como separar o material, embalá-lo corretamente e encontrar pontos de entrega para repassar os seus descartes recicláveis. Preparado para fazer a coisa certa pelo meio ambiente? Então continue lendo, aprenda mais e coloque já em prática!

Saiba por que fazer a coleta seletiva

A coleta seletiva é um importante instrumento para evitar a contaminação do solo e que toda sorte de poluentes da água possa atingir os corpos hídricos. Ela também contribui para o reaproveitamento de materiais e para a economia de recursos naturais.

No entanto, para ser bem-sucedida, a coleta precisa ser feita adequadamente para evitar a disseminação de mau cheiro e doenças, a contaminação de materiais limpos, inutilizando-os para reciclagem, e possibilitar boas condições de trabalho para catadores e demais profissionais da limpeza urbana e da reciclagem.

Veja, agora, boas ideias para realizar adequadamente a coleta seletiva e obter uma reciclagem eficiente.

1. Faça a separação por tipo de material

A coleta seletiva tem esse nome por causa da seleção e separação do lixo que é feita para a reciclagem. Cada elemento tem um tipo de reciclagem e deve ser separado de acordo com sua composição para que seja processado adequadamente. Assim, se você quer começar a fazer coleta seletiva na sua casa, o ideal é separar em:

  • papéis limpos;
  • plásticos;
  • vidros;
  • metais.

2. Tenha uma lixeira para cada tipo de resíduo

Além da composição do material, os itens recicláveis são reconhecidos por uma cor. Assim, para facilitar a sua separação e a da sua família, adote lixeiras coloridas, uma para cada tipo de lixo. Se puder, leve essa mesma ideia para o seu prédio ou condomínio, e incentive a coleta seletiva em todos os espaços de convivência.

As cores que classificam materiais recicláveis são:

  • papel = azul
  • plástico = vermelho
  • vidro = verde
  • metal = amarelo
  • material orgânico = marrom

Existem outras classificações para materiais pouco usuais no âmbito doméstico, mas que são divididos assim:

  • resíduos perigosos = laranja
  • resíduos radioativos = roxo
  • resíduos em geral, não recicláveis ou contaminados = cinza

3. Faça a limpeza de cada item

Uma coleta seletiva eficiente não é composta apenas pela separação do lixo. É preciso higienizá-los adequadamente para que eles não sejam alvo de proliferação de insetos e pragas ou maus odores, não deteriorem o material a ser reciclado, nem provoquem mal-estar nos trabalhadores da limpeza urbana.

Pensando nisso, conheça as boas práticas na hora da separação:

  • latas e potes de plástico e de vidro devem ser higienizados para evitar proliferação de micro-organismos e de pragas. Uma dica é encher a embalagem vazia de água e deixar por alguns minutos. Ao esvaziar, boa parte da sujeira irá se desprender. Se for preciso, lave o que restar de sujeira com bucha e sabão;
  • embalagens de papelão, como as caixas de pizza, não podem estar engorduradas para estarem aptas à reciclagem. Caso estejam sujas de molho ou engorduradas, você pode retirar a parte limpa, como a tampa, e separar para reciclar, e descartar a parte suja no lixo não reciclável;
  • guardanapos e papel higiênico, ainda que limpos, não são recicláveis;
  • embalagens e sacos de grãos e itens secos, como os de arroz, feijão, café e macarrão, não precisam ser lavados.

4. Embale corretamente

Você separou o seu lixo reciclável adequadamente e agora quer levar o material para um centro de transformação. A melhor opção para esse tipo de transporte é embalá-lo em sacos de lixo não biodegradáveis ou recicláveis — para que esse item também possa ter algum tipo de destinação inteligente após o uso.

Para o transporte de papel, o ideal é não amassá-lo, para não afetar as fibras da celulose, nem deteriorar o valor comercial para reciclagem. Já no caso do vidro, se estiver quebrado, é preciso ter um cuidado extra e fazer uma “embalagem especial” para não ferir os trabalhadores que vierem a manuseá-lo.

Se os cacos de vidro forem pequenos, você pode colocá-los dentro de uma garrafa PET transparente e sem rótulo, cortada ao meio. Você coloca os vidros dentro, encaixa a parte cortada na outra e terá uma espécie de cápsula para transporte seguro do vidro quebrado.

5. Pesquise qual o destino correto de cada item

É preciso lembrar que, não é só porque se trata de plástico ou papelão que o item é reciclável. Muitas vezes, a embalagem ou parte dela fica suja, ou recebe algum tipo de tratamento químico que a inviabiliza para a reciclagem.

Pesquise o destino correto de cada item nos centros de reciclagem do seu município ou em uma cooperativa de reciclagem perto de você. Veja o que eles aceitam para trabalhar. Em alguns países, por exemplo, recipientes de plástico para iogurte, manteiga e óleo não são mais aceitos em estações de reciclagem. Pesquise e se informe!

6. Procure pontos de entrega específicos

O passo seguinte para o descarte correto do seu lixo é achar um destino adequado para ele. Uma opção é achar pontos de coleta seletiva, que podem ser mantidos por prefeituras ou instituições privadas.

Caso se torne trabalhoso levar o material até essa instituição, você pode tentar conversar com outros vizinhos ou juntar mais gente no seu prédio em prol da reciclagem, para que a instituição passe a ir buscar o material em grande quantidade. Ganham você e o meio ambiente.

Além de separar o lixo, você pode começar a usar o descarte de alimentos que sobraram das refeições para fazer composteiras e transformar tudo em adubo para suas plantas. Vale, ainda, contagiar família, amigos e vizinhos do condomínio para que o movimento cresça e o meio ambiente e a qualidade de vida das futuras gerações saiam ganhando.

Como vimos, a coleta seletiva é um trabalho longo de conscientização, que exige dedicação, mas que vale a pena para poupar recursos naturais e evitar a contaminação do meio ambiente. Além disso, já entendemos que não existe o chamado “jogar fora”, que tudo faz parte do planeta, e que precisamos cuidar dele para que não se transforme em um grande lixão.

Agora que você já sabe tudo sobre coleta seletiva do lixo, que tal saber mais sobre o panorama da reciclagem no Brasil? Leia nosso artigo e fique por dentro de mais esse assunto!

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