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Saneamento, sociedade e meio ambiente
Quando se trata de produção e manejo do lixo, o Brasil ainda tem muito o que evoluir — de acordo com dados do IBGE, mais de 20 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de lixo no país. Além de políticas públicas que precisam ser implementadas, é necessário que a população repense a forma como consome e descarta produtos no dia a dia. Nesse sentido, o conceito de Lixo Zero traz algumas alternativas.
Neste post, explicamos o que é esse conceito, como funciona o descarte de lixo no país e quais são as medidas que podem ser adotadas pela população. Quer fazer a sua parte? Então, continue a leitura para entender melhor sobre o assunto!
De acordo com o estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil é o 4º país que mais produz lixo no mundo. E muito desse material descartado acaba indo parar em lixões. Os lixões, diferente dos aterros sanitários, não possuem infraestrutura adequada para receber o lixo. São locais a céu aberto em que todo tipo de resíduo é disposto sem controle algum, e podem causar sérios impactos ao meio ambiente e à saúde da população. Para tentar mudar esse quadro, surgiu o movimento Lixo Zero.
A prática do Lixo Zero não prevê a geração de lixo. Isso significa o maior aproveitamento possível para os resíduos recicláveis e orgânicos, e o seu encaminhamento correto para os locais apropriados quando não houver mais a possibilidade de utilização. Desse modo, o conceito prega a redução e o eventual fim do encaminhamento de itens recicláveis e orgânicos aos aterros sanitários.
Ainda, é um sistema que considera a prática e a eficiência para que as pessoas avaliem formas de vida mais sustentáveis, nas quais os produtos possam ser recuperados e utilizados depois do consumo.
Com isso, pode-se dizer que o movimento Lixo Zero visa diminuir e até eliminar a geração de lixo. É um conceito que envolve práticas que incluem tanto a população, quanto as indústrias e o governo, e devem refletir em decisões conscientes quanto à utilidade e à destinação dos resíduos.
A seguir, confira quais são os pilares do conceito Lixo Zero.
Entende-se que os resíduos não são sujos e que não devem ser misturados ao lixo comum ou a outros materiais que podem ser recicláveis.
São vários os materiais e objetos que podem ter outros destinos e utilizações antes de serem encaminhados para a reciclagem. Um exemplos é usar os dois lados de uma folha de papel antes do descarte.
A quantidade de lixo gerada deve ser diminuída ao mínimo possível.
Em vez de enviar os itens para aterros, é possível aproveitar a matéria-prima do resíduo para fabricar novos itens.
Para promover uma mudança tão profunda, é necessária a participação de diferentes entes, como:
Mesmo com leis para evitar que os resíduos sejam enviados para lixões a céu aberto, é comum encontrar cidades e estados que não cumprem a legislação. No Amazonas, por exemplo, 71 lixões ainda são mantidos, quando deveriam ter sido substituídos por aterros sanitários desde 2014. Quem acredita que essa é uma realidade isolada está enganado. Pelo menos metade das cidades brasileiras não fazem a gestão correta do lixo.
Ainda mais preocupante é a taxa de reciclagem, que é de apenas 3,7%. Além disso, pelo menos 24% dos domicílios brasileiros não contam com coleta de lixo. Dessa forma, parte dos resíduos vão parar na rede de esgoto. Também é comum no país que o lixo seja incinerado, o que não é uma solução eficiente, já que gases nocivos são liberados à atmosfera, o solo é empobrecido e materiais que poderiam ser reciclados são desperdiçados.
Para mudar esse quadro, é necessário que todos participem, a partir de uma reflexão aprofundada sobre o tema. Uma das formas para isso acontecer é por meio da prática do Lixo Zero. Embora atingir tal patamar seja muito difícil, adotar boas práticas no dia a dia já é uma forma de diminuir a produção de lixo e praticar um consumo consciente. Assim, a vida poderá ser melhorada globalmente.
Ainda que seja difícil evitar a produção de lixo, toda a sociedade pode colaborar para que a quantidade gerada seja diminuída. Veja agora o que pode ser feito.
Uma das formas mais eficazes para chegar ao lixo zero é reduzindo o consumo. De forma óbvia, quanto menos as pessoas consumirem, menor será a taxa de resíduos. Adquirir itens que não são necessários ou em embalagens desproporcionais é um hábito comum, que colabora para o aumento da taxa de lixo que vai para os aterros ou mesmo para os lixões a céu aberto.
Com mais conscientização sobre o seu estilo de vida, é possível consumir apenas o que é necessário e de forma sustentável.
Ao fazer compras locais, diminui-se a quantidade de caixas e plásticos necessários para o transporte dos itens. Além disso, se a aquisição for feita a granel, você pode levar a própria embalagem reutilizável, como saquinhos de pano ou potes de vidro. Outra boa dica é sempre usar sacolas retornáveis para carregar as compras.
Os copos e canudos descartáveis são um grande problema para o meio ambiente. Além de aumentarem a quantidade de lixo que dificilmente será reciclado, por vezes os materiais vão parar nos rios e mares, o que causa impactos para diversas espécies aquáticas. Para se ter uma ideia, a contaminação de plástico nos oceanos mata, anualmente, 100 mil animais marinhos.
Por outro lado, alguns lugares como o estado de São Paulo já estão proibindo o uso e o comércio de tais artigos. Assim, a prática de carregar os próprios copos e canudos é reforçada e, como os itens podem ser lavados após o uso, menos resíduos são enviados para o lixo.
Outra forma de diminuir o lixo é adquirir itens que possam ser reaproveitados, como ecobags ao fazer compras e produtos sem embalagem, ou em embalagens de vidro. O ideal é evitar principalmente a compra de produtos que venham embalados em plástico e isopor.
Por fim, para que seja possível reaproveitar os materiais, eles precisam ser separados corretamente. O ideal é separar o lixo em três partes: reciclável, orgânicos que podem ir para a compostagem e orgânicos a serem destinados ao aterro sanitário. Inclusive, investir em uma composteira também é algo muito legal. Ela vai para transformar os restos de alimento em adubo orgânico, que pode ser utilizado em hortas ou jardins.
Como você viu, o Lixo Zero é muito importante para o meio ambiente. Ainda que estejamos longe de atingir esse patamar, todos devem atuar para diminuir a quantidade de resíduos produzidos.
A indústria e o comércio podem rever a forma como os produtos são produzidos e embalados. Por sua vez, os consumidores, precisam adotar o consumo consciente, além de boas práticas de descarte para o lixo gerado. Aqui, a lição que fica é que não é preciso abrir mão de todo o consumo, mas é importante ter comprometimento com um estilo de vida sustentável, estabelecer metas para reduzir o descarte de resíduos e esforçar-se para cumpri-las.
Você gostou deste texto e quer saber mais sobre o problema do lixo no Brasil? Então leia agora o nosso post sobre descarte de lixo e por que precisamos repensar a forma como fazemos.
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Moro no MT, queremos desenvolver um projeto com a comunidade, de planrar mudas de arvore atraves das sementes das frutas que comemos em cada. E também compostagem. PRECISAMOS MUITO DO APOIO..
Oi, Tania! Que legal! São ações como essa que fazem a diferença na preservação do meio ambiente 😉
Abraços