O ciclo do saneamento básico tem uma grande relevância para a sociedade, uma vez que os seus serviços contribuem para a promoção da saúde e proporcionam mais qualidade de vida.

Para que isso aconteça, é necessário que todas as partes desse ciclo funcionem com qualidade e eficiência. Trata-se de um conjunto de ações que precisam ser desenvolvidas, formando um trabalho em equipe entre o poder público, as empresas prestadoras dos serviços e os moradores de uma comunidade.

A seguir, vamos explicar quais são as etapas do ciclo do saneamento para que você entenda cada uma delas. Assim, saberá qual é o seu papel para contribuir com o bom funcionamento desses serviços essenciais, que garantem o bem-estar de toda a população. Continue a leitura e confira!

Tratamento de água

Você já parou para pensar em todos os procedimentos que são necessários para que tenhamos água potável na torneira das nossas casas? O tratamento do recurso é uma das etapas que garantem às pessoas o acesso a uma água limpa e própria para o consumo.

Proporcionar um processo de tratamento que inicia na captação em rios, lagos ou poços é fundamental, principalmente para a saúde da população. Quando chega à estação de tratamento, a água captada passa por diversos procedimentos de filtragem e desinfecção, além de testes de qualidade. Só depois disso ela pode ser distribuída para as residências.

Apenas a água tratada é ideal para beber, cozinhar e tomar banho. Isso porque, caso o tratamento não seja realizado, micro-organismos, como vírus e bactérias, podem se disseminar no meio e contaminar os usuários.

Abastecimento

A segunda parte do ciclo do saneamento está relacionada ao abastecimento de água. Uma vez que o líquido é tratado, ele deve ser corretamente distribuído e canalizado para que a população possa bebê-lo e utilizá-lo em seu dia a dia.

Aqui é onde você começa a fazer a sua parte, promovendo o consumo consciente dentro de casa. Alguns hábitos e rotinas domésticas contribuem para o aumento do desperdício de água. Como exemplo citamos os banhos demorados, a lavagem em excesso de carros, quintais, calçadas e roupas e a dificuldade em identificar vazamentos internos.

O desperdício é um problema de toda a sociedade, mas se não tomar cuidado, você pode sentir diretamente no seu bolso. A água desperdiçada nos vazamentos continua sendo computada no hidrômetro e pode fazer um estrago na conta de água.

Coleta de esgoto

A água utilizada quando as pessoas tomam banho, limpam a casa, lavam a louça, escovam os dentes ou utilizam o vaso sanitário precisa ser devidamente afastada das residências. Nesse sentido, é necessário que seja feita uma coleta adequada desses esgotos domésticos, sendo essa mais uma etapa do ciclo do saneamento.

Para que isso aconteça, é necessário que o esgoto seja canalizado por meio de uma tubulação subterrânea para que a população não tenha contato com essa água servida. Isso evita que vírus, bactérias e parasitas causadores de doenças se proliferem e causem problemas para as pessoas, por meio de esgotos correndo a céu aberto.

Coleta de lixo

O ciclo do saneamento não diz respeito apenas aos cuidados com a água e o esgoto, mas também sobre outros pontos, como a coleta de lixo. É de responsabilidade da prefeitura de cada município fazer o recolhimento dos resíduos e destiná-los ao local correto, como os aterros sanitários e as usinas de reciclagem.

Mas antes da coleta, é preciso falar sobre a geração de lixo, que cresce proporcionalmente ao ritmo do aumento do consumo. Quanto mais produtos são adquiridos, mais embalagens os acompanham. Com isso, acontece a degradação dos recursos naturais não renováveis – como a água doce que abastece a população – e o aumento expressivo do volume de lixo gerado.

Diante disso, a questão do lixo é desafiadora, pois envolve vários fatores, como a não reutilização adequada desses materiais descartados devido ao consumo desenfreado, ao desperdício e às falhas no descarte de lixo.

Desse modo, nessa parte do ciclo do saneamento, o seu papel é refletir sobre seus hábitos de consumo e descartar corretamente o lixo, fazendo a separação entre itens recicláveis e não recicláveis e utilizando as lixeiras espalhadas pela cidade, por exemplo.

Ainda, é importante destacar que o chorume, líquido originado da decomposição do lixo, é hoje um dos maiores poluentes das águas dos mananciais. Por isso, é fundamental que a coleta e, principalmente, o descarte dos resíduos sejam feitos de forma adequada, evitando o contato dessa substância com o solo e o subsolo.

Drenagem urbana

As enchentes e o acúmulo de água parada em poças podem causar doenças como a dengue e a leptospirose. Para que essas situações não aconteçam, a água da chuva precisa ser devidamente drenada e seguir o seu curso natural, voltando para os rios e lagos.

No ciclo do saneamento, a drenagem das águas da chuva é diretamente impactada pelo lixo urbano. Nesse assunto, o papel do cidadão também é indispensável, já que tudo aquilo que é descartado nas ruas da cidade, como sacolas plásticas, bitucas de cigarro, latinhas e até restos de alimentos podem acabar escoando para os bueiros, provocando o entupimento das redes de águas pluviais.

Dessa forma, é preciso garantir que as entradas dos bueiros não fiquem retidas pelo lixo. Assim, a água pode escorrer, sem que resíduos sólidos façam o bloqueio e atrapalhem o escoamento.

Tratamento de esgoto

Depois de coletar o esgoto, como vimos mais acima, é importante que ele passe por um tratamento. O objetivo desse processo é garantir que a água com resíduos volte limpa para os rios, córregos ou mares.

Esse tratamento do esgoto é importante porque impacta diretamente na saúde das famílias e na preservação do meio ambiente. Quando o imóvel não está conectado a um sistema de esgotamento sanitário, ele é despejado em rios, lagos e oceanos, levando toda sujeira e contaminação para as águas. Com isso, as fontes de captação de água ficam poluídas e favorecem a propagação de doenças entre a população.

Quando o esgoto passa pelo tratamento, ele passa por uma série de processos estabelecidos pela legislação ambiental que garantem que ele seja devolvido à natureza com qualidade.

Participação social

Finalmente, a última etapa do ciclo do saneamento é a participação social. Como vimos, todos nós temos responsabilidade na preservação do meio ambiente.

Algumas medidas importantes são: usar a água de forma racional, evitando os desperdícios; separar o lixo; evitar o consumo exagerado; conectar sua casa à rede esgoto quando disponível; não poluir o meio ambiente; entre outras. Também é importante que a população seja engajada e cobre dos responsáveis a prestação qualificada desses serviços.

Entendidas quais são as etapas do ciclo do saneamento? Então, agora coloque o aprendizado em prática e faça a sua parte para colaborar com sua comunidade.

Quer continuar se informando sobre o assunto? Confira agora um panorama completo sobre a infraestrutura do saneamento básico no Brasil!