
12 doenças de veiculação hídrica para você ficar atento
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Saneamento, sociedade e meio ambiente
A alimentação é uma questão muito mais complexa do que se imagina. Além de se atentar para a quantidade e qualidade dos nutrientes que são ingeridos, a saúde humana também depende da segurança com que os alimentos são manipulados. Afinal, quem nunca se sentiu mal em virtude da procedência de algo que comeu?
E não se trata de um simples mal-estar, a contaminação de alimentos mata cerca de 420 mil pessoas por ano. Além disso, esses perigos invisíveis sobrecarregam os sistemas de saúde, prejudicando o turismo e até mesmo a economia. Você sabe o que pode ser feito para resolver esse problema?
Neste post, você vai entender melhor como acontece esse tipo de contaminação e o que fazer para evitá-la.
A contaminação de alimentos acontece quando qualquer mantimento entra em contato (direto ou indireto) com substâncias ou elementos que representem um risco para a saúde, caso sejam ingeridos.
Isso pode ocorrer em casa (quando alguém não higieniza frutas e verduras adequadamente antes do consumo, por exemplo) ou no campo, caso haja a adição de alguns tipos de agrotóxicos em excesso nas plantações ou substâncias proibidas. Poluição, falta de saneamento básico e temperaturas extremas também são fatores que favorecem a contaminação.
Outras possibilidades de contaminação acontecem quando a preparação de algum alimento se dá de forma inapropriada, ou seu armazenamento ou manipulação são feitos de maneira equivocada.
Alguns estudos mostram ainda que o problema da contaminação pode ser agravado com a ascensão de algumas mudanças globais, como o crescimento da pobreza e a falta de controle populacional.
A segurança alimentar e a nutrição estão diretamente relacionadas. Afinal, os alimentos contaminados criam um ciclo de doenças que afetam principalmente crianças pequenas e idosos. Os principais sintomas causados por uma contaminação são:
Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos contaminados no mundo, sendo a maioria causada por vírus, bactérias, parasitas e suas toxinas.
Além disso, a sobrecarga de problemas gerados por essas doenças dificultam o desenvolvimento econômico do país. Estima-se que o impacto da falta de segurança alimentícia gere uma perda de produtividade de US$ 95 bilhões às economias em desenvolvimento por ano. Mas países desenvolvidos também não estão imunes. Para se ter um exemplo, um surto da bactéria E. coli que aconteceu na Alemanha causou prejuízos de US$ 1,3 bilhão para agricultores e indústrias em 2011.
Entre os microrganismos mais comuns na contaminação de alimentos estão as bactérias, os vírus, os fungos e alguns tipos de parasitas. Eles causam uma enormidade de doenças que afetam o corpo de variadas formas e algumas podem levar à morte. Veja alguns agentes biológicos e suas ações nos humanos.
São os principais agentes causadores de contaminação via alimentos e atingem milhões de pessoas todos os anos. Entre as mais comuns está a Salmonella, que age no intestino, onde se multiplica e pode entrar na corrente sanguínea e atingir outros órgãos.
Em casos leves, causa desconforto abdominal, diarreia, febre e desidratação. Em casos mais graves, ela pode causar febre tifoide ou infecção generalizada ao cair na corrente sanguínea. A Salmonella pode ser encontrada em carnes, ovos, frutas e vegetais mal preparados ou refrigerados.
Com sintomas parecidos aos da Salmonella, temos ainda a bactéria E. coli enterohemorrágica (EHEC) e a Campylobacter. Elas também se valem de alimentos mal preparados ou já vencidos para se proliferar, contaminar e causar febre, dores de cabeça, náusea, vômitos, diarreia e forte debilitação.
Já a Clostridium causa o botulismo, e pode ser adquirida por meio de conservas e carnes cruas. A doença afeta o sistema nervoso, e começa a se manifestar com fraqueza, visão turva, sensação de cansaço e dificuldade para falar. Se não tratada, pode levar à morte.
Entre os vírus que causam contaminação via alimentos, temos o Vibrio cholerae, que causa a cólera, e o vírus da hepatite A.
O primeiro pode se valer de arroz, vegetais ou frutos do mar contaminados para causar dores abdominais, vômitos, diarreia, desidratação severa e até a morte. Já o segundo contagia por via oral-fecal ou por alimentos como frutos do mar e alguns vegetais mal cozidos, e afeta gravemente o fígado.
Os parasitas também afetam a saúde humana por meio da contaminação dos alimentos. Entre eles, estão os protozoários e tênias, que causam doenças gravíssimas como a toxoplasmose, adquirida pela ingestão de carnes cruas ou mal passadas que contenham cistos do protozoário Toxoplasma gondii. Em casos leves, leva à dor no corpo, febre, cansaço e linfonodos inflamados. Já nos graves, o Toxoplasma gondii se espalha por órgãos como cérebro, coração, fígado e causa dor de cabeça, manchas pelo corpo, confusão mental e convulsões.
A giardíase também é causada por um protozoário, a Giardia lamblia, e provoca dor abdominal, náuseas, eliminação de fezes gordurosas e perda de peso do indivíduo.
Já os parasitas do tipo vermes causam sérias infecções intestinais, sendo os mais perigosos:
Embora existam muitos cenários que possam ocasionar a contaminação de alimentos, a maioria se enquadra nas seguintes categorias: biológica, química, física ou cruzada.
A contaminação biológica se refere aos alimentos contaminados por microrganismos patogênicos ou substâncias que eles produzem. Suas fontes de contaminação mais comuns são animais, humanos e insetos.
Representa os alimentos contaminados com químicos naturais ou artificiais, como a presença de compostos químicos estranhos (corantes e aditivos não autorizados, inseticidas, metais pesados, etc.) ou de toxinas produzidas por microrganismos. Esses contaminantes são particularmente perigosos, pois promovem a exposição a substâncias tóxicas, que podem ser fatais. Suas principais fontes de contaminação são as instalações físicas na qual o alimento está inserido e até mesmo o próprio ar.
A contaminação física acontece quando um objeto estranho (como um pedaço de utensílio de cozinha, cabelo, unhas e pelos de ratos) entra em contato direto com os alimentos. O risco adicional é que o objeto pode apresentar algum tipo de contaminação biológica.
A contaminação cruzada ocorre quando contaminantes biológicos, físicos ou químicos entram em contato com os alimentos de maneira direta ou indireta de forma acidental. Suas principais fontes são os acessórios de cozinha (tábuas, facas, colheres…) ou mãos com higienização inadequada.
Alguns tipos de alimentos requerem um cuidado extra no momento do preparo, do armazenamento e da higienização, já que apresentam maiores chances de contaminação. Conheça alguns deles:
Ovos mal cozidos ou crus representam um perigo para a saúde, já que as altas temperaturas em seu cozimento proporcionam a eliminação de diversos microrganismos patogênicos, especialmente a Salmonella.
As carnes, assim como qualquer outro alimento de origem animal, representam um ambiente ideal para a proliferação de bactérias, pois possuem proteínas, água e outros nutrientes em sua composição.
O PH de sobremesas e derivados do leite, assim como o das carnes, é bastante propício para a sobrevivência de microrganismos nocivos (não é à toa que esses tipos de alimentos estragam facilmente). Por isso, o cuidado deve ser redobrado no momento de sua manipulação, conservação e armazenamento.
Por ser um alimento essencial à vida humana, a água também está presente nessa lista. Sua contaminação é mais frequente em locais onde há o descarte incorreto de lixo ou saneamento básico precário. O cuidado com a sua qualidade é essencial, principalmente quando usada na higienização de outros alimentos.
Costumam representar sérias fontes de contaminação, já que muitas frutas e vegetais são consumidos crus. Sem uma higiene adequada, esses alimentos viram vetores de Salmonella, Escherichia coli, cólera e toda sorte de parasitas. Em geral, uma lavagem cuidadosa e o uso de soluções germicidas — como ácido acético, cloro e hipoclorito de sódio — podem reduzir sensivelmente o grau de contaminação.
Alguns cuidados simples podem ser adotados na sua rotina para evitar a contaminação de alimentos dentro de casa. São eles:
Armazene alimentos em recipientes fechados e separados, de forma que a carne crua jamais entre em contato com outros mantimentos prontos. Evite deixá-los expostos à temperatura ambiente.
Lave muito bem frutas e vegetais antes do preparo e use soluções como ácido acético (vinagre) ou hipoclorito de sódio para eliminar qualquer tipo de contaminação. Faça ainda a limpeza de sua caixa de água regularmente, para garantir a qualidade da água que chega às torneiras e é usada nos alimentos.
Evite o consumo de refeições cruas ou mal cozidas, principalmente aquelas que contêm carne ou derivados, e podem ser foco de contaminação. Na hora de fazer compras, recuse as embalagens sem etiquetas que identifiquem os produtores e data de validade ou ainda que estejam estufadas — podem indicar processo de contaminação em andamento.
Como vimos, a contaminação de alimentos é um problema sério, que pode ter consequências que vão muito além de prejuízos à saúde. Mas, com algumas boas práticas é possível evitar esses transtornos.
Boa higiene, alimentos bem cozidos e armazenados são algumas delas. Siga nossas orientações e procure sempre se atualizar sobre o assunto.
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