O Brasil é um país extremamente rico em recursos naturais, incluindo os hídricos, e isso acaba trazendo aquela falsa sensação de abundância, não é mesmo? Contudo, nem toda essa quantidade é própria para consumo, e seu uso excessivo leva à necessidade de racionamento de água.

Nesse sentido, mesmo que haja recursos financeiros e técnicos, ainda é preciso evoluir no quesito gestão de risco e planejamento para criar respostas que evitem esse racionamento. Isso envolve repensar os usos da água para evitar a falta desse recurso tão importante.

Assim, diversos setores da sociedade devem se organizar e se engajar na busca de um futuro bem mais sustentável para o planeta. Afinal, já faz alguns anos que a iminência de uma escassez de água e de uma crise hídrica tem vindo à tona em momentos de pouca chuva e calor extremo.

Quer saber mais sobre o racionamento e como evitá-lo a partir da visão de um especialista? Acompanhe este post e confira.

Por que o racionamento de água existe?

Os principais motivos da existência do racionamento de água são a falta de planejamento, manutenção e investimento. Há, ainda, os fatores climáticos, que podem contribuir para esse quadro de forma pontual.

De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o Brasil tem 12% do total das reservas de água doce de todo o planeta. Além disso, detém, em seu espaço, o segundo maior rio — o Amazonas — e o maior aquífero subterrâneo do globo. Isso sem falar, é claro, de apresentar índices recordes de chuvas.

No entanto, mesmo com todas essas vantagens, as suas maiores cidades acabam sofrendo racionamento, uma vez que o país não utiliza todo o seu potencial de água doce. A explicação para essa situação é apenas uma: a falta de um bom gerenciamento dos recursos hídricos do nosso território.

Um exemplo disso é que não existe proteção das nascentes — que têm sofrido muito com o desmatamento — nem dos reservatórios naturais. Além disso, os índices de perdas de água são alarmantes e os rios estão cada vez mais degradados.

Existe, também, um desperdício de água muito alto pela sociedade, e parte do setor agrícola ainda utiliza tecnologias antigas. Ou seja, todos esses fatores acabam contribuindo para o consumo de energia em excesso e para um consumo de água desenfreado.

Quais são as principais causas do racionamento de água?

Agora que explicamos porque o racionamento existe, chegou o momento de discutir mais a fundo suas principais causas no país. Entre os principais motivos, é importante destacar o grande consumo de água por parte da sociedade e pelas atividades econômicas, especialmente a agricultura e a indústria.

Além disso, existe um desperdício muito grande desse recurso natural, que não é causado apenas pelos banhos longos ou pelas torneiras abertas, mas também pelas perdas nas tubulações em ambientes privados e públicos. Confira, a seguir, as principais causas do racionamento!

Aumento do consumo de água

Embora a água seja um recurso renovável, o seu gasto tem sido maior do que a sua capacidade de renovação. No Brasil, o aumento do consumo é devido ao crescimento da população e das atividades agrícola e industrial. Para que você tenha uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), de cada 100 litros de água consumidos, cerca de 72 são utilizados na irrigação agrícola.

Além do mais, é importante destacar que a população brasileira precisa ter ciência de que utiliza mais água por dia do que é realmente necessário. Cada pessoa no Brasil usa em torno de 154 litros, diariamente. Isso representa 34 litros a mais do que a ONU afirma ser necessário para atender nossas necessidades básicas, que são 110 litros.

Desperdício de água

Como vimos, grande parte do consumo dos recursos hídricos é devido à irrigação na agricultura. Além disso, o setor ainda é um dos grandes responsáveis pelo desperdício de água, embora a população também contribua bastante para isso no dia a dia.

Um exemplo disso são os vazamentos que não são consertados e contidos nas residências, além de hábitos como tomar banhos demorados, usar a mangueira para lavar o quintal ou o carro, assim como deixar torneiras mal fechadas.

Diminuição do nível de chuvas

Você sabe qual é a relação entre o desmatamento na Floresta Amazônica e a falta de chuvas? Isso acontece por causa do fenômeno dinâmico dos famosos “rios voadores”, que levam umidade a diversas regiões da América do Sul.

E como funciona esse processo? É simples: o vapor de água que se forma nas águas tropicais do oceano Atlântico encontra a umidade da Floresta Amazônica, e acaba sendo alimentado por ela. Toda essa umidade termina por atravessar a Amazônia até encontrar o paredão da Cordilheira dos Andes.

Nesse local, uma parte da umidade se transforma em chuva e alimenta as nascentes de rios, como o Amazonas. Quanto à outra parte, ela é encaminhada para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, causando as chuvas.

Por sua vez, a chuva ajuda a elevar o nível dos reservatórios e dos mananciais. Portanto, quando não chove, esses níveis sofrem uma queda considerável, podendo chegar ao ponto de racionamento.

Outras causas

Por fim, podemos citar outras causas do racionamento, como a degradação das reservas dos rios, a má gestão dos recursos hídricos e a remoção de grande parte da vegetação, que auxilia a água da chuva a se infiltrar no solo e atua na evaporação para assegurar a continuação do seu ciclo e proteger os cursos d’água e mananciais.

Quais são os impactos do racionamento no meio ambiente?

A seca que tem afetado grande parte do país continua trazendo muitos problemas. Além disso, a probabilidade é de que a recuperação hídrica e ambiental seja cada vez mais lenta, dependendo do aumento do volume e da frequência das chuvas.

As condições de racionamento, em geral, exigem medidas extremas para manter o atendimento à população. Foi possível constatar isso durante a grande crise hídrica que o país passou em 2014 e 2015 — quando abrimos mão do chamado “volume morto” e os mananciais chegaram em seu ponto mais baixo em algumas regiões do país.

Durante uma escassez hídrica, desaparece (literalmente) o habitat dos seres dos mananciais afetados e seus arredores. A situação é, portanto, gravíssima para o meio ambiente, causando o desequilíbrio nos ecossistemas locais.

Como a indústria é impactada com o racionamento de água?

É importante ressaltar que o principal modal energético do Brasil é o hidrelétrico, que apresenta como ponto negativo a dependência quanto à disponibilidade de água. Dessa forma, uma grande seca pode levar o país a um novo racionamento de energia, assim como o que ocorreu em 2001. Nesse sentido, a necessidade de racionamento é resultado da falta de uma gestão correta do uso hídrico, principalmente em épocas de estiagem.

É importante lembrar que a falta do recurso no país não afeta apenas a disponibilidade de água potável e tratada nas casas. A agricultura e as indústrias (os consumidores principais e dos quais a população depende) são as áreas que mais podem sofrer com esse problema, podendo acarretar grandes impactos na economia como um todo. No caso das indústrias, o impacto do racionamento é sentido principalmente porque elas usam o recurso em seus processos.

Quando há falta, as fábricas têm a sua produção totalmente prejudicada nas mais variadas escalas, a depender da necessidade do insumo na atividade fabril. Com isso, a margem de lucro cai muito e, por vezes, é preciso paralisar setores inteiros.

Em 2015, por exemplo, as fábricas do Rio de Janeiro tiveram um prejuízo de R$ 65 milhões durante a crise hídrica. Quando isso acontece, a produção é reduzida, o que gera uma alta nos preços finais, que afeta o mercado e os consumidores.

Como evitar o racionamento de água?

O racionamento pressupõe que existe menos água disponível em relação à demanda, então é preciso atuar nas duas pontas. De um lado, é necessário aumentar a oferta do recurso, o que pode ser feito de diversas maneiras, como a dessalinização da água do mar, a recarga de mananciais e o reúso.

Na outra extremidade, as principais ferramentas para se evitar o desperdício e fazer a utilização correta da água são o uso consciente e racional, o investimento e o planejamento, aliados a uma boa educação ambiental da sociedade, para incutir o valor do recurso em todas as pessoas. Confira, abaixo, as principais formas de evitar o racionamento de água e as coloque em prática!

Verificar se existem vazamentos

Você sabia que uma torneira gotejando pode gastar 40 litros de água em um dia? É por esse motivo que verificar se existem vazamentos é fundamental. Um dos modos de identificá-los dentro das residências é fechando todas as saídas de água da casa e fechar o registro do hidrômetro para que o fluxo seja interrompido. Depois, é preciso marcar o nível da caixa d’água e verificar novamente após uma hora. Se a altura estiver abaixo da anterior, significa que existe vazamento nos sanitários ou nos canos internos da casa.

Além disso, ao identificar a ocorrência de um vazamento nas ruas da cidade, avise a concessionária de água da sua cidade para que ela providencie o reparo. Essa é uma maneira de contribuir com a sua cidade e evitar desperdícios. Então, não deixe de informar a empresa responsável pelo abastecimento assim que perceber alguma vazão na rua.

Ter atenção às rotinas

Várias tarefas do dia a dia podem gastar muitos litros do nosso recurso mais essencial. Portanto, ficar bem atento às rotinas pode ajudar a economizar tanto nos recursos hídricos quanto no próprio bolso.

Por exemplo, você sabia que ao lavar a calçada com a mangueira são gastos 280 litros de água e que lavar o carro com mangueira durante 30 minutos consome 560 litros? Pequenas mudanças no momento de tomar banho e de fazer a higienização da casa podem fazer uma grande diferença. É possível, ainda, aproveitar a água da máquina de lavar roupa para limpar as calçadas e os pisos.

Limpar as louças antes de lavá-las

Lavar a louça com a torneira meio aberta pode consumir 117 litros de água em 15 minutos. Isso em uma casa. Já em um apartamento esse gasto pode chegar a 243 litros no mesmo período. Por isso, uma dica é limpar a louça antes de lavá-la. Isso pode ser feito até mesmo passando o guardanapo usado na refeição para remover o excesso de alimento ou com a própria esponja a ser usada na lavagem.

Para economizar, a dica é só depois disso abrir a torneira para molhar a louça e iniciar a lavagem. Não se esqueça de ensaboar a louça com a torneira fechada e somente abri-la para enxaguar. Com isso, o consumo de água pode cair para 20 litros!

Lavar o carro uma vez ao mês

Lavar o carro é uma das atividades que mais consome água dentre as rotinas domésticas, principalmente pelo uso da mangueira. Manter a mangueira apenas um pouco aberta por cerca de 30 minutos já causa um gasto de aproximadamente 216 litros de água. Se chegar a meia volta de abertura, o volume pode alcançar 560 litros.

Por isso, a dica principal é substituir a mangueira pelo balde. Com isso, o consumo pode cair para apenas 40 litros.

Acumular as roupas para lavar

Uma lavadora de roupas chega a gastar um volume grande de água em uma única lavagem. Uma máquina que lava 5 quilos de roupas gasta cerca de 135 litros em um ciclo completo. Por isso, o ideal é somente utilizá-la em sua capacidade máxima, pois fazer esse processo com uma quantidade inferior de roupas vai ocasionar um gasto final muito alto.

Molhar as plantas à noite

Molhar as plantas durante 10 minutos com a mangueira aberta gasta cerca de 186 litros de água. É um volume muito grande em pouco tempo, não é mesmo? Um agravante é que nas horas mais quentes do dia boa parte dessa água é perdida com a evaporação.

Por isso, deixe para regar suas plantas no horário noturno, em que a temperatura está mais amena e a evaporação é menor. Além disso, invista em um regador, ou em uma mangueira com esguicho revólver.

Não utilizar o vaso sanitário como lixeira

O vaso sanitário é um dos itens que mais gasta água dentro de casa, podendo usar até 14 litros em um único acionamento. Por esse motivo, é preciso utilizá-lo com parcimônia e uma boa ideia é instalar uma descarga de acionamento duplo.

Além disso, algumas pessoas têm o hábito de descartar diversos resíduos pela privada. Entretanto, as redes de coleta que levam esses resíduos não têm capacidade para e tamanho para transportar lixo, o que causa entupimentos e extravasamentos de esgoto para dentro dos imóveis. Por isso, use o vaso apenas para dejetos humanos e nada mais.

Ter atenção aos gastos

Você sabia que quase 90% de toda a energia do nosso país é gerada pela força hídrica? Isso significa que o parque energético do Brasil está ligado à vazão dos rios e ao volume de chuvas. Dessa forma, energia elétrica e água estão totalmente relacionadas.

Economizar eletricidade, portanto, também significa economizar recursos hídricos. Lâmpadas e aparelhos eletrônicos ligados sem necessidade podem resultar em desperdício de água.

O chuveiro elétrico é um dos grandes vilões dos boletos e um dos maiores responsáveis pelo consumo de água e energia em uma residência. Por isso, uma boa dica é dar preferência para modelos que têm as opções de controle de vazão e de temperatura.

Já no caso das lâmpadas, opte, sempre que possível, por aquelas que têm tecnologia LED — são versões mais econômicas, ecológicas e que ainda têm uma durabilidade maior que as comuns.

O Ministério do Meio Ambiente indica também que, ao adquirir eletrodomésticos, os consumidores confiram a etiqueta PROCEL. Nela, pode-se verificar o consumo de energia dos aparelhos e, com isso, a sua eficiência.

Diminuir o tempo de banho

Calma, pois ninguém está falando de deixar a limpeza de lado! No entanto, sabia que banhos em excesso e o uso de água quente podem ser prejudiciais para a nossa pele, uma vez que retiram a camada de gordura essencial para a sua lubrificação? Apesar disso, para a manutenção da nossa saúde, um banho diário é recomendado, com foco especialmente na higienização de partes íntimas, pés, mãos e axilas.

Além disso, tomar banhos mais curtos ajuda a economizar e, assim, evitar o racionamento de água. Mas não exagere, ok? O banho ajuda a prevenir muitas doenças e promove uma boa higiene.

Ampliar o emprego da água de reúso

Essa é uma medida que precisa ser adotada principalmente pelo poder público e pelos setores produtivos. O esgoto, após passar por tratamento avançado específico, se torna o que chamamos de água de reúso, e pode ser muito bem utilizado em diversas situações, especialmente para usos não potáveis.

Essa água pode ser usada, por exemplo, para limpar parques e ruas depois de feiras e eventos. A própria indústria pode se beneficiar dessa água, empregando-a no resfriamento de caldeiras, por exemplo. Afinal, não faz sentido algum fazer isso com água potável, concorda?

Despoluir os rios

Despoluir os rios é uma questão de extrema importância. Os paulistanos, por exemplo, não podem usar as águas do rio Tietê, do Tamanduateí, do Pinheiros e de muitos outros cursos d’água do município.

Eles, hoje, são rios considerados mortos, pois foram tão impactados pela poluição — que vai desde esgoto urbano até inúmeras latas e plásticos que são descartados nas ruas e levados pelas chuvas até eles —, que praticamente não existe mais vida em suas águas.

No entanto, estamos falando sobre um processo bem complexo, demorado e que exige um alto investimento, mas que deve ser feito o mais rápido possível. Por outro lado, a sociedade precisa fazer a sua parte e parar de descartar o lixo nas ruas.

Cuidar da limpeza das ruas

Nas ações de racionamento e preservação, o envolvimento da população é essencial. O cuidado com a comunidade envolve não somente a natureza em si, mas o uso consciente dos espaços públicos.

O descarte incorreto do lixo é uma das principais causas de poluição, e ocasionam problemas de abastecimento em diversas regiões do Brasil. Por isso, é fundamental que cada pessoa coloque em prática pequenas ações para evitar esse problema, como não jogar lixo nas ruas, recolher resíduos que encontrar pelo caminho, não deixar dejetos nas praias, entre outros.

Outra excelente iniciativa é promover mutirões de limpeza no seu bairro. Para isso, busque o apoio dos vizinhos para que juntos cuidem da limpeza das ruas. Além de deixar o ambiente limpo, serve como uma ação educativa e motivacional, o que pode evitar que as pessoas cometam os mesmos erros novamente.

Iniciar a restauração de florestas

Existem vários indícios de que, se as florestas e as matas do Brasil não estivessem tão degradadas, as cidades conseguiriam resistir bem melhor à estiagem. Afinal, as árvores acabam evitando o assoreamento de represas e rios, regulando o clima.

Portanto, reflorestar é uma questão urgente, e o resultado é obtido rapidamente. Um bom exemplo é a cidade de Extrema, no estado de Minas Gerais, que pagou para que as nascentes fossem reflorestadas e, atualmente, consegue enfrentar a estiagem sem correr o risco de ficar desabastecida.

Descartar o lixo de forma adequada

Descartar o lixo nas ruas entope os bueiros, polui os rios, provoca alagamentos e ainda contamina os lençóis freáticos. Além disso, é preciso que a população faça a ligação adequada do esgoto da residência na rede coletora, separando-o da rede de drenagem pluvial — afinal, esgoto e água da chuva não devem se misturar!

Reciclar o seu lixo

A reciclagem é uma ação que contribui de forma significativa para a proteção ambiental. Por meio dela, diversos materiais que seriam descartados no meio ambiente podem ser reinseridos na cadeia de consumo. Isso evita que mais itens contribuam para o aumento da poluição e evita a extração de mais recursos naturais.

Para facilitar o processo, separe produtos que possam ser reciclados — como aqueles compostos por vidro, papel, plástico e alumínio — e os disponibilize para a coleta seletiva ou para os pontos de reciclagem.

Não se esquecer da “água invisível”

É preciso ter consciência de que o consumo não é apenas da água que sai diretamente dos chuveiros e das torneiras. É fundamental adotar medidas que economizem recursos hídricos indiretamente.

Utilizar a mesma roupa mais de uma vez antes de lavar, caso esteja em condições adequadas, é um ótimo exemplo, e a própria redução do consumo de qualquer tipo de item também. Além disso, é indicado evitar o desperdício de alimentos, pois a necessidade de consumo é menor, diminuindo a demanda de água para a produção — isso vai dos vegetais, demais alimentos da terra e carnes, até os produtos industrializados.

Por que é tão urgente pensar em racionamento de água?

As crises que o país já passou nos ensinaram muito, mas não impedem que o cenário não venha a se agravar novamente. Inclusive, desde 2020, algumas regiões do país vêm passando por problemas de estiagem, e fenômenos climáticos têm contribuído para um cenário de incertezas, ainda que as chuvas retornem a uma frequência média normal em determinados períodos do ano.

Em 2014, diversas opções foram consideradas para a geração de água potável para o abastecimento, mas nenhuma das alternativas apresentadas chegou, de fato, a ser implantada durante o período de racionamento na época. No entanto, esse tempo de escassez acabou deixando um marco bem grande na história do Brasil, expondo que é preciso muito planejamento quando se fala em recursos hídricos.

Como vimos ao longo deste artigo, a água tem um papel indispensável para a sociedade. Por isso, a falta desse recurso atinge todos os setores da economia, sendo capaz de gerar grandes impactos ao PIB do país. O Brasil ainda conta com uma privilegiada posição em relação à qualidade e quantidade de água quando comparado a vários países no mundo todo, que têm uma disponibilidade bem baixa.

Dessa forma, podemos perceber o quão relevante é pensar no consumo de água e nas formas de assegurar o seu uso e a sua preservação para os próximos anos e décadas. Por isso, precisamos investir em formas de economia e reúso para atender à demanda da população.

Nesse sentido, a tecnologia tem aparecido como uma aliada, mas ainda é preciso educar a população e investir em políticas públicas para que as empresas adotem uma postura mais sustentável, visando o bem de todos.

Um passo muito importante para isso são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, mais especificamente o ODS 6. O propósito é assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento básico para todos. Para isso, alguns dos objetivos são:

  • atingir o acesso universal e totalmente equitativo à água para consumo;
  • melhorar a qualidade da água, eliminando despejo e reduzindo a poluição;
  • alcançar o acesso à higiene e saneamento adequado para todos.

Como vimos, é possível evitar o racionamento de água no Brasil com medidas bem pensadas e planejadas. Várias ações já estão sendo feitas por parte das prestadoras de serviços de saneamento básico, mas todos podem contribuir fazendo o seu papel. Aproveite as nossas dicas e busque uma mudança de hábitos para a preservação dos recursos hídricos, garantindo qualidade e quantidade às futuras gerações.

Gostou do conteúdo e quer continuar se informando? Então, leia nosso texto sobre como o abastecimento de água pode ser aprimorado!