
5 dicas para a redução do consumo de plástico no dia a dia
Neste post, veja como 5 mudanças na sua rotina podem contribuir para a redução do consumo de plástico.
Transformação
As principais cidades do mundo se desenvolveram em torno de um rio — desde Cairo, no Egito, às margens do Nilo, até Londres, na Inglaterra, às margens do Tâmisa. Mas a mesma população que foi atraída para a beira desses rios pelo fácil acesso à água, transporte e lazer, também levou uma série de problemas até eles, especialmente a poluição.
Hoje, muitos corpos hídricos que vemos nas cidades parecem ter chegado a um estado sem recuperação. A boa notícia é que existe solução e a revitalização, ou seja, tornar os rios despoluídos, é possível.
Por isso, acompanhe, neste post alguns casos de rios despoluídos, que já viveram histórias amargas e hoje estão revitalizados ou em processo de recuperação. Continue lendo e confira!
A história do Tâmisa é a mais famosa entre os casos de rios que foram recuperados — ele permaneceu poluído por séculos.
Em 1610 a água do rio já não era mais considerada potável. No entanto, o auge da sua poluição aconteceu no século XIX, em 1858, quando recebeu a alcunha de Grande Fedor e o mau cheiro das águas foi responsável pela suspensão das sessões do Parlamento.
Além do mau cheiro, as epidemias de cólera que assolaram a Inglaterra nas décadas de 1850 a 1860 foram fundamentais para que o governo investisse na construção de um sistema de coleta de esgoto na cidade.
Mas o resultado positivo durou pouco tempo, uma vez que o esgoto não era tratado e apenas era despejado em um local mais afastado do rio. Com o crescimento da cidade, o problema da sujeira voltou a aparecer e, em 1950, o Tâmisa era novamente considerado um esgoto a céu aberto.
Foi quando o governo decidiu que realizaria a construção de diversas estações de tratamento de esgoto, entre os anos de 1964 e 1974. Ao longo da iniciativa, aos poucos o rio Tâmisa foi ganhando vida novamente. Hoje, é possível encontrar diversos peixes nadando nas suas águas.
Ao todo, foram quase 150 anos de investimentos na despoluição das águas do rio que corta Londres. O trabalho, no entanto, se mantém ininterrupto. Todas as semanas, são retiradas em média 30 toneladas de lixo do rio, por dois barcos que percorrem o Tâmisa realizando a sua limpeza.
Paris nem sempre foi tão bonita. O rio Sena, que corta a cidade, já foi considerado “morto” – a vida não se desenvolvia mais em suas águas. Isso aconteceu porque ele recebia grande quantidade de poluição vinda das indústrias que se instalaram nos arredores durante o início da primeira Revolução Industrial, nos anos 1920. Além disso, o esgoto era descartado diretamente nas suas águas.
Diante dessa situação, o rio foi se tornando tema de preocupações e conversas sobre o meio ambiente e, na década de 1960, os franceses decidiram investir em sua revitalização. A ideia foi bem-sucedida, com a construção de estações de tratamento de esgoto e projetos de recuperação do ecossistema local.
Hoje, o Sena, além de servir de cartão-postal para a capital francesa, conta com 30 espécies de peixes e faz parte do rol de casos de sucesso de rios despoluídos pelo mundo. O cuidado, no entanto, não pode parar. O governo mantém foco na qualidade das águas, com a criação de leis que multam empresas que despejam sujeira no rio. A população ainda conta com um incentivo financeiro (calculado por hectare), para que os agricultores que habitam às suas margens não o poluam, cuidando para que ele não perca o seu charme e nem a sua biodiversidade.
Os portugueses decidiram investir, desde o ano 2000, na despoluição do Tejo, que passa em Lisboa. Afinal, um dos maiores rios da Europa não poderia continuar quase sem vida e seco em vários trechos. Se manter como depósito direto dos esgotos produzidos por milhares de pessoas, como vinha acontecendo, era algo que precisava acabar.
Para a sua recuperação, foram investidos cerca de 800 milhões de euros, que se transformaram em obras de saneamento. O caminho para o sucesso na despoluição do rio está sendo vontade política, gestão técnica eficiente e, principalmente, continuidade no projeto – que ainda está em andamento.
Os problemas com as fontes de poluição do Rio Tejo – agricultura, operação de hidrelétricas e despejo de esgotos domésticos e industriais sem tratamento – ainda não foram completamente resolvidos, mas já é possível observar resultados do trabalho de despoluição até agora: há diversos peixes e golfinhos nadando em sua extensão. Esse projeto beneficia, ainda, os mais de 3,6 milhões de habitantes da região.
Do outro lado do mundo as coisas também acontecem e viram inspiração! A história da despoluição desse rio em Seul, na Coreia do Sul, merece ser contada com alguns detalhes.
Em 2003, o rio, que se encontrava poluído desde 1940, por ter se tornado depósito de lixo e esgoto da região, foi o objeto central de um projeto do prefeito da cidade. A ideia era humanizar a cidade, com a despoluição do rio e a construção de parques às suas margens.
Foram necessários apenas quatro anos para a limpeza total do Cheonggyecheon, que tem 5.8 km de extensão. Para isso, a prefeitura de Seul contou com a integração de inúmeras organizações, que ajudaram no bom andamento do projeto.
Um quartel-general de restauração garantiu o controle das obras, enquanto um comitê formado por cidadãos locais cuidava dos conflitos existentes entre os comerciantes do entorno e o governo. Também havia um grupo de pesquisadores especialistas à frente do projeto.
Como resultado, não somente toda a água do rio foi despoluída, como ampliou-se os espaços verdes no entorno. Com isso, a cidade ficou mais agradável e convidativa para toda a população, resultando em qualidade de vida.
No Brasil também podemos encontrar casos de sucesso de rios despoluídos, como a história do Jundiaí, no interior paulista, que passa por seis cidades.
O rio já esteve na lista de um dos mais poluídos de São Paulo. Isso porque ele banha uma das áreas mais industrializadas do estado (e já pudemos observar como a industrialização não foi cuidadosa com as águas do seu entorno), por onde eram despejados inúmeros resíduos poluentes. Antes da despoluição, as águas do rio eram pretas como carvão e exalavam um odor muito forte.
Para a sua revitalização, foram necessárias algumas décadas de contínuos trabalhos. Em 30 anos foram construídas estações de tratamento de esgoto nas cidades ao redor do seu leito. O trabalho de fiscalização também ganhou intensidade e houve um esforço de preservação das matas às margens do rio.
Com o empenho, o rio, que era considerado morto, passou a ter vida novamente. Hoje, os 123 km do rio Jundiaí têm peixes e água que pode ser usada para abastecimento de mais de duzentas mil pessoas.
Assim como o Jundiaí, o rio Sorocaba e o Piracicaba também vêm sendo recuperados e, sendo eles afluentes do rio Tietê, a boa notícia vai se aproximando desse grande rio, que já tem um projeto de revitalização em andamento.
Essas são algumas cidades (pequenas, médias e grandes) que mostram que o sonho dos rios despoluídos é possível com um projeto de revitalização contínuo de qualidade, vontade dos governantes, gestão técnica eficiente e o empenho e cuidado da população. Os benefícios dessas ações não ficam restritos às margens do rio, mas se estendem para milhares de pessoas e toda a flora e a fauna do entorno.
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Com vontade política que se inicia o primeiro passo para a despoluição de qualquer rio, como aconteceu em final de 1982, quando os prefeitos eleitos se reuniram para criar o CERJU , que depois passou a PCJ.
É isso, Romeu. É preciso um esforço coletivo para termos sucesso da despoluição dos rios. Cada cidadão precisa fazer a sua parte 😉
Vrdd
Moro na Zona Oeste do Rio, área atendida pelo contrato de saneamento de vocês. Gostaria de saber se o esgoto daqui é tratado e se sim, em qual estação de tratamento. Além disso, tem um rio no meu bairro extremamente poluído pois casas construídas nas margens jogam esgoto direto no rio. Sendo que a nascente do rio fica à alguns metros antes de todo o esgoto, dentro do Parque Estadual da Pedra Branca. É triste demais ver um rio que mais parece um valão. Vocês poderiam ajudar a resolver o problema? Algum projeto para os rios da zona oeste?
Obrigada!
Oi, Daniele! Como a Zona Oeste Mais Saneamento é uma concessionária constituída pela BRK Ambiental junto com o Grupo Águas do Brasil, orientamos que você procure diretamente a Zona Oeste Mais para esclarecer suas dúvidas sobre a operação e projetos de despoluição. No site da empresa também é possível encontrar informações sobre o tratamento de esgoto e as ETEs que atendem a região https://www.zonaoestemais.com.br/
Desafio é despoluir o Ganges, na Índia. Para começar, queria ver convencer os religiosos…
temos um rio no interior do ceará, que está sendo gravemente poluído, e precisamos e um plano, uma orientação como devemos proceder.
Oi, Pericles! Nesse caso, é preciso entrar em contato com os órgãos ambientais locais. Eles poderão te ajudar e orientar a tomar providências quanto a essa situação. Abraços!
Tinha que despoluir a Bahia de Guanabara, ia valorizar as praias mais bonitas da região: Flamengo, Icaraí, Boa Viagem, Botafogo. Imagina que sonho ficaria.