
Água branca saindo da torneira: descubra por que isso acontece
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Água
Uma nascente é o afloramento de um lençol freático e dará origem a uma fonte de água. Como o próprio nome indica, é o ponto número um de um ciclo hidrológico e de fundamental importância para que todos os outros aconteçam.
No entanto, o que acontece se uma nascente for poluída? De que modo essa ação compromete a água aparente, a que está embaixo da terra e toda a cadeia do curso que ela deve percorrer? Este texto vai responder essas e outras perguntas, ressaltar a importância das nascentes, além, é claro, de ensinar como protegê-las.
Se você tem uma nascente de água em alguma propriedade ou sabe quem tem uma, continue lendo e saiba como defender esse verdadeiro tesouro.
Uma nascente de água é o resultado da água da chuva — ou do derretimento de geleiras —, que se infiltrou no solo, se acumulou e emerge para um novo ciclo.
Ao percebermos o surgimento de uma nascente, temos a certeza que há um lençol freático no subsolo e que há características no solo do seu entorno que possibilitam a absorção dessa água e do seu consequente acúmulo.
Neste sentido, além de cuidar da água que jorra em si para que ela não seja poluída, devemos tratar também dessas características que propiciam o surgimento dela. Isso porque, quando um rio é poluído, mas suas nascentes são preservadas, há grandes chances de recuperá-lo, demonstrando como essas fontes de água são importantes.
Já em um cenário contrário, quando se degradam as nascentes, não há muito o que fazer e o ciclo hidrológico é seriamente comprometido — aquele em que a água evapora e passa para o estado gasoso, se desloca pela superfície da Terra, esfria, se condensa para voltar ao estado líquido por meio da chuva e penetrar no solo para formar novas nascentes ou abastecer as já existentes.
Além disso, esses nascedouros e os cuidados para a manutenção deles são fundamentais para se resolver a chamada crise hídrica, pois são uma nova possibilidade de abastecimento e irrigação de uma região.
Atualmente, os principais problemas que ameaçam as nascentes de água são: a erosão do solo, o acúmulo de lixo, a contaminação por produtos químicos, entre outros. Veja agora como cada um pode afetar os nascedouros e as recargas de mananciais.
O desgaste do solo, que pode se dar por ação mecânica, química e até geológica, pode afetar as nascentes de diferentes modos:
O descarte inadequado do lixo costuma ter como destino os rios e mares, transformando-os em verdadeiros lixões flutuantes. Há ainda o impacto do chorume, que é um líquido resultante da decomposição dos dejetos dos lixões a céu aberto, que penetra no solo e alcança as fontes das águas, contaminando-as.
O lixo é um dos principais problemas em todo mundo e pode impactar diretamente o ciclo hidrológico. Seja contaminando uma nascente, rio ou lençol freático por meio do chorume.
A principal contaminação por produto químico, e que pode atingir as nascentes, costuma acontecer no meio agrícola, com uso de fertilizantes e agrotóxicos. O manejo desses produtos próximos aos nascedouros pode levar à contaminação, surgimento da eutrofização — que é o aparecimento de algas e cianobactérias pela presença de elementos como fósforo e nitrogênio, e a diminuição do oxigênio na água — , entre outros.
O uso ou descarte incorreto de herbicidas, inseticidas, solventes ou remédios nesses corpos hídricos também podem gerar problemas, assim como o derramamento de petróleo e o descarte de metais pesados na água.
A maior causa de despejo de esgoto sem tratamento em corpos hídricos é o crescimento urbano desenfreado, que não prevê o saneamento básico e o cuidado desses resíduos. O esgoto doméstico ou industrial contamina a água e toda estrutura por onde passa com dejetos biológicos — principalmente coliformes fecais. A qualidade e os usos da água ficam prejudicados por causa desse tipo de poluição.
Já sabemos que uma série de ações e eventos podem ameaçar uma nascente e colocar toda uma cadeia hidrológica e de renovação aquífera em risco. Contudo, existem algumas atitudes que podem ser tomadas para protegê-las.
Ao identificarmos uma nascente, devemos criar uma área de preservação em um raio mínimo de 50 metros ao seu redor para que nenhum fator externo possa comprometer o seu fluir. Com isso, a vegetação local também acaba sendo preservada, o que contribuir para a preservação do solo, e sua capacidade de absorção de água.
Ainda sobre o solo, devemos impermeabilizar cada vez menos (concretar, asfaltar) áreas próximas às nascentes para que o abastecimento do lençol freático continue acontecendo. Essa medida ajuda ainda no rápido escoamento das águas em caso de chuvas fortes e evita inundações.
Em áreas rurais, é possível ainda facilitar o acúmulo de água nas nascentes com a criação de barragens e bacias, que seguram a água das chuvas e facilitam sua infiltração no solo.
Em caso de nascente em área degradada, recomenda-se o replantio de vegetação, adubação verde para aumentar o teor de matéria orgânica no solo e sua reestruturação.
Vale ainda conhecer e apoiar instituições que cuidem da preservação e reconheçam a importância das nascentes. Nesses espaços é possível obter mais informação sobre o assunto, promover a educação social de comunidades agrícolas ou ribeirinhas sobre a importância desses mananciais e como preservá-los. Também é possível pedir ajuda para o caso de denúncia de algum tipo de destruição.
Como vimos, a importância das nascentes é fundamental para o ciclo hidrológico. Ela é o ponto de partida da água em sua viagem pelos rios, nuvens até voltar para a terra. As águas das nascentes são ainda capazes de renovar rios e córregos degradados, mas o contrário não são passíveis de recuperação. Assim, é preciso fiscalizá-las de perto e agir para protegê-las e preservá-las.
Agora que você já conhece a importância das nascentes e sabe como cuidar delas, que tal entender um pouco mais do fenômeno das enchentes no Brasil?
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