Saneamento em Pauta

7 boas práticas de saneamento para entrar no combate ao Aedes aegypti

Saneamento, sociedade e meio ambiente

7 boas práticas de saneamento para entrar no combate ao Aedes aegypti

Mais de 5,5 milhões de casos de dengue foram notificados nos diferentes estados brasileiros, apenas no período entre os anos de 2013 e 2017. Os dados são do Ministério da Saúde e ajudam a demonstrar o nível epidêmico que a doença alcançou no país e a importância do combate ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue.

Para completar, o Aedes aegypti passou a ser capaz de disseminar também os vírus zika e chikungunya. Não satisfeito, o mosquitinho de pouco mais de 0,5 cm segue como ameaça grandiosa para o controle da febre amarela no Brasil. A versão urbana da doença está erradicada do país, desde 1942, mas a proliferação do Aedes aegypti, seu principal vetor, mantém acesa a possibilidade de um retorno.

A cada verão, as campanhas de combate ao Aedes aegipty se multiplicam pelo país. É sabido que o clima quente e úmido predominante na estação favorece a reprodução do mosquito. Mas engana-se quem acha que pode baixar a guarda nos outros períodos do ano. Você vai se surpreender em saber que os ovos do transmissor da dengue, zika e chikungunya permanecem viáveis e ainda podem dar origem a novos mosquitos até um ano e meio após a desova.

7 boas práticas de saneamento que ajudam a combater o Aedes aegypti

Boas práticas de saneamento têm tudo a ver com o combate ao problema. Todo mundo já sabe que o Aedes gosta de água acumulada e parada. Onde não há tratamento de esgoto ou coleta de lixo eficiente é maior a oferta de criadouros para o mosquito.

O Brasil ainda enfrenta o desafio de universalizar a rede de coleta e tratamento de esgoto, mas, para além da infraestrutura, o comportamento de cada cidadão é fundamental para que o combate ao Aedes aegypti seja eficaz. Confira 7 boas práticas que você pode adotar no seu dia a dia e entre desde já na luta contra o Aedes aegypti.

1. Mantenha a limpeza da caixa d’água em dia

A caixa d’água é uma das moradias preferidas do mosquito da dengue, zika e chikungunya. Promover a limpeza da caixa e manter suas saídas tampadas é responsabilidade dos usuários e dá uma ajuda e tanto no combate ao Aedes aegypti.

2. Alerta total aos terrenos abandonados

Outro obstáculo comum no combate ao mosquito está nos terrenos e imóveis abandonados, que acabam tornando-se depósitos de lixo, favorecem a concentração de água parada e abrem passagem para um ciclo de reprodução infinito dos mosquitos. Evitar que isso ocorra é dever dos proprietários, mas você também pode denunciar esses locais para a Secretaria de Saúde da sua cidade.

3. Não deixe a água parar na sua casa

O mosquito consegue se reproduzir até em pequenas poças de água. Líquidos acumulados nos pratinhos das plantas ou nas vasilhas de alimentação dos pets podem virar criadouros para o Aedes.

Coloque areia nos pratos e limpe a vasilha de água do seu animal de estimação pelo menos uma vez na semana. Só trocar a água não é suficiente, pois os ovos do mosquito podem resistir por lá. A indicação é limpar com esponja ou escova os recipientes que possam virar criadouros.

4. Cuide bem do seu lixo

Por algum tempo se acreditou que o mosquito da dengue, zika e chikungunya preferia se reproduzir na água limpa, mas isso não é verdade. Qualquer água parada, pura ou suja, pode atrair o Aedes. Sendo assim, lixeiras destampadas têm potencial para virar criadouros. O mesmo acontece com o lixo – tampinhas de embalagens, vasilhas, garrafas pet – que fica exposto à chuva. A dica é manter o lixo em sacos vedados e as lixeiras sempre bem tampadas.

5. Lembre que piscina sem cloro vira foco

É a presença do cloro que repele o Aedes aegypti da água das piscinas. Trate sua piscina semanalmente com o produto. Aquelas que estão fora de uso devem permanecer cobertas para não acumular água da chuva. Cuidado para não deixar acumular água e sujeira sobre a capa ou tela.

6. Olho vivo nas lajes e calhas

Qualquer cantinho pode servir de abrigo para um ovinho do mosquito da dengue, até mesmo depressões no chão da laje, falhas nos rebocos ou calhas obstruídas.

Tente identificar e nivelar imperfeições em pisos e outros locais da sua casa que possam acumular líquido. As calhas devem ser mantidas sempre sem folhas ou outros obstáculos capazes de impedir o escoamento da água. Choveu? passe um rodo e pano nas lajes para evitar o acúmulo de água.

7. Preserve as redes de drenagem de água e coleta de esgoto

Aquela latinha que é jogada na rua vai parar nos bueiros e entupir a rede de drenagem de água da chuva, que vai transbordar. O resultado é mais água suja acumulada em diferentes pontos da cidade. Cuide da limpeza do seu município e contribua para a luta contra o mosquito da dengue.

Quanta coisa para prestarmos atenção, não é mesmo? Mas pode ter certeza que vale a pena! Dispor de saneamento é uma das principais conquistas para a saúde e qualidade de vida de uma população. E manter a sua moradia sempre bem cuidada, além de proporcionar bem-estar para sua família, contribui e muito para que a vizinhança toda viva melhor e sem medo da dengue.

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Comentários


8 respostas para “7 boas práticas de saneamento para entrar no combate ao Aedes aegypti”

  1. Adorei! Obrigada pelas explicaçőes.Postarei estas informações e minha página no Facebook, por compartilhamento.

  2. É sem dúvidas um trabalho conjunto entre poder público e população que fará a diferença no resultado final. Temos muitas dificuldades com os terrenos baldios, casas de veraneio, locais de difícil acesso a exemplo de telhados e árvores de grande estatura. Temos ainda as residências, estabelecimentos públicos e privados que na maioria das vezes não tem o devido comprometimento para evitar a proliferação destes insetos. Enfim, com consciência e trabalho podemos minimizar e até eliminar esse perigo.

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