O Brasil é o quarto maior produtor de lixo do mundo e, por aqui, nem todo esse resíduo acaba tendo o destino correto. Exemplo disso é que, em muitos lugares, ainda ocorre o descarte de lixo nos rios, enquanto que a destinação mais adequada do lixo produzido pela população é o aterro sanitário.
No entanto, nem sempre isso é possível, pois em várias cidades do Brasil ainda há o descarte desses resíduos em lixões. Essa prática polui o solo e até mesmo lençóis freáticos. É necessário entender a importância do aterro sanitário para a preservação do meio ambiente e para melhorar as condições de saúde da população brasileira.
Selecionamos informações interessantes sobre o assunto neste post. Continue a leitura e saiba mais!
Como funciona um aterro sanitário?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, estabeleceu um pacto nacional para a gestão do lixo produzido pela sociedade. Na prática, isso quer dizer que a responsabilidade sobre todo o ciclo de vida de um produto, desde a sua produção até o destino final, é de toda a sociedade civil.
A lei também institui que os resíduos devem ter uma disposição final ambientalmente adequada em aterros sanitários, estabelecendo um prazo de quatro anos para o encerramento das atividades dos lixões que existiam no país — o que não aconteceu.
Os aterros sanitários são menos nocivos ao meio ambiente, pois são construídos para evitar a contaminação do solo, da água e do ar. Dessa forma, os subprodutos do lixo, como chorume e gases tóxicos, são retidos e não entram em contato com a natureza.
O aterro sanitário é construído longe de centros urbanos e utiliza grandes extensões de terra, geralmente próximas a áreas verdes — para evitar transtornos à população, como o contato com o mau cheiro, por exemplo. Essa é uma obra de engenharia projetada para reduzir os danos que o lixo causa à natureza.
A base do aterro é coberta com uma camada impermeável de plástico, o que evita que o chorume produzido infiltre no solo e chegue aos lençóis freáticos. Essa manta é recolocada a cada 5 metros de lixo acumulados verticalmente. Além disso, o local deve contar com um sistema de captação de biogás — metano, gás carbônico e vapor d’água —, que é queimado ou utilizado para produção de energia.
Os aterros sanitários devem conter um sistema de drenagem pluvial, impedindo o contato entre o lixo e a água da chuva, evitando a contaminação. A área e a quantidade de lixo armazenadas devem ser monitoradas.
Como fazer uma gestão eficiente de aterro sanitário?
A gestão dos aterros sanitários deve seguir a norma ABNT NBR 8419/1992, de forma que a sua vida útil seja de no mínimo dez anos. Após o encerramento das atividades, o aterro deve ser monitorado por mais dez anos, pois a produção de chorume e de gases tóxicos continua acontecendo.
A gestão eficiente é muito importante, e algumas boas práticas são:
- criação de espaços para receber lixos especiais, como o hospitalar, que oferecem um risco maior de contaminação;
- impermeabilização do solo com mantas de plástico;
- coleta do líquido percolado (chorume) e seu tratamento;
- coleta de gases produzidos pela decomposição do material orgânico;
- isolamento superior do lixo a cada nova camada;
- espaço para estocagem de material;
- sistema de drenagem pluvial;
- instalação e manutenção de balanças de caminhão.
Essas ações vão permitir que o aterro seja utilizado por mais tempo e que o meio ambiente seja protegido, sem vazamentos de substâncias tóxicas para a natureza.
Quais são as diferenças entre aterro sanitário e lixão?
O lixão é um espaço não controlado utilizado para o despejo de resíduos. Diferentemente dos aterros sanitários, eles não são construídos pensando em diminuir os impactos ambientais ou em locais isolados.
Os principais problemas dos lixões é a poluição do solo e da água, que propicia a proliferação de animais como ratos, escorpiões, moscas, mosquitos e baratas — que transmitem doenças à população.
Outros problemas causados pelo lixão são as enchentes, já que os resíduos acumulados ficam a céu aberto, podendo ser arrastados pela chuva. Apesar de todas essas questões, o Brasil tem quase 3 mil lixões funcionando e não há previsão de quando eles serão encerrados e substituídos por aterros sanitários.
A gestão eficiente dos resíduos sólidos depende dos aterros sanitários
Segundo a PNRS, o gerenciamento de resíduos sólidos consiste em ações diretas ou indiretas nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final adequada do lixo. Isso implica em ações em toda a cadeia de produção, utilização e descarte dos produtos que consumimos no dia a dia.
Essa gestão é compartilhada entre a população e o poder público. É importante que todos tenham consciência de que suas ações podem contribuir para a gestão eficiente do manejo de resíduos. Por isso, fazer o descarte de lixo de forma correta e reduzir o consumo são atitudes tão importantes.
As empresas, por sua vez, devem implementar boas práticas na gestão de seus resíduos, fazendo a separação correta do lixo e encaminhando os itens adequados para a reciclagem, por exemplo. Incentivar o uso consciente dos recursos da companhia e monitorar desperdícios também são ações que dão bons resultados.
Todos esses cuidados são importantes, pois a forma como o lixo é descartado vai impactar diretamente nos aterros sanitários. Durante a etapa de projeto dos aterros, o tipo de lixo e a quantidade que será recebida nesse espaço devem ser determinados. Dessa forma, é possível prever por quantos anos aquele lugar vai funcionar.
Viu como o aterro sanitário é essencial para diminuir o impacto do lixo gerado ao meio ambiente? É importante lembrar que esse é um assunto que deve ser discutido com todos, afinal, cada cidadão deve fazer sua parte para contribuir com o desenvolvimento sustentável.
Uma maneira de fazer a gestão eficiente de resíduos é por meio da reciclagem. Dessa forma, podemos reduzir a produção de lixo e até mesmo garantir uma renda extra. Você sabia que mais de 80% do lixo que vai para os aterros sanitários podem ser reciclados?
Se você gostou de saber mais sobre o assunto, veja como a reciclagem contribui para uma sociedade mais sustentável!
BRK
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9 Comments
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Excelente post, muito importante destacar a questão dos aterros sanitários, além disso é essencial que a população e empresas tenham como prioridade a educação ambiental voltada para os resíduos sólidos, tudo isso com o objetivo de ajudar na redução de danos ambientais.
Sim a conscientização da população em questão de saber fazer os descarte também é de muita importância. Evitando uma poluição desnecessária assim tendo conhecimento da importância dos aterros sanitários .
A conscientização da população devem ser mais desenvolvidas para ter um meio ambiente equilibrado podendo evitar doenças a saúde humana.
Olá, Clarice! A conscientização da população é, sem dúvidas, essencial para a preservação ambiental! 😃
Muito bem explicado !! Precisamos o mais rápido possível fazer tudo que estiver ao nosso alcance, para ter uma boa qualidade de. Pensar nas gerações futuras . Tenho essa frase músical comigo , que diz : mude o mundo mudando primeiro você.
Os municípios precisam de fiscais nas ruas para organizar as coletas
Sou médico clínico e sanitarista pro são Vicente sp e conheço está realidade .precisamos de vontade política e manifestação da população população que precisa viver com dignidade segundo artigo 5 constituição, não tenha dúvida de que o lixão deve acabar e no mínimo ter o aterro sanitário que traria melhores condições saude
Obrigada pelo seu comentário, José Ricardo! Estamos juntos!
crro que a reciclagem deveria ser levado mais a sério pelo governo implantar leis mais severa ,vom relação à coleta seletiva as leis ajudaram e muito deveria como exemplo os condomínio ter uma separação obrigatória vom pena de multa veja condomínio que nso separam o lixo e isto é péssimo pra o meio ambiente